Patterns of discrimination based on sexual orientation in Africa: is there a Lusophone exception?

Authors

  • Rui Garrido PhD candidate in African Studies (Lisbon)

DOI:

https://doi.org/10.29053/2523-1367/2019/v3a5

Keywords:

African Lusophone countries, Angola, Cape Verde, Guinea-Bissau, Mozambique, São Tomé and Principe, domestic legislation, sexual orientation, decriminalisation, Universal Periodic Review

Abstract

ABSTRACT:

This article analyses the legal developments in African Lusophone countries regarding sexual orientation and the legal-political choices made by these states about the regulation of consensual same-sex acts between adults. Under colonial rule, all Portuguese territories in Africa had sodomy laws in place. After independence, in 1975, the new countries reformed their penal codes and repealed sodomy laws, most of them shifting from criminalisation to protection of sexual orientation. Compared to the situation in other parts of the African continent, where violence against homosexuals is generalised, colonial criminalisation of consensual same-sex acts is still in force or where new laws that further criminalise sexual orientation have been adopted or are under consideration, Lusophone Africans demonstrate higher levels of acceptance of the homosexuality of their fellow citizens, and there is less hostility from the state. Starting with an analysis on international developments in human rights law and jurisprudence regarding prohibition of discrimination based on sexual orientation, this article focusses on the five African Lusophone countries, analysing the legal reforms adopted, the role played by legislative initiatives and the dialogue of states with supranational human rights mechanisms to better protect their citizens from discrimination of any kind. African Lusophone countries took a distinctive legal-political approach, not only by repealing sodomy laws but also by granting other forms of protection based on sexual orientation. They also provide a distinctive narrative regarding homosexuality in Africa, against its usual portrayal as a Western and un-African phenomenon, demonstrating a continent deeply divided on this particular human rights issue.

 

TITULO E RESUMO EM PORTUGUÊS: Padrões de discriminação baseada na orientação sexual em África: existe uma excecionalidade Lusófona? RESUMO:

Este artigo analisa os desenvolvimentos legislativos nos países Africanos Lusófonos em relação à orientação sexual e às opções jurídico-políticas efetuadas por estes, relativas à regulamentação dos atos sexuais consentidos entre adultos do mesmo sexo. Sob domínio colonial, todos os territórios portugueses em África tinham legislação da sodomia em vigor. Após a independência, em 1975, os novos estados reviram os seus códigos penais e revogaram as leis da sodomia, passando maioritariamente da criminalização para a proteção da orientação sexual. Comparado com a situação em outras partes do continente Africano, onde a violência contra homossexuais é generalizada, onde vigora a criminalização colonial dos atos sexuais consentidos entre adultos do mesmo sexo, ou onde tem sido proposta nova legislação que procura uma maior criminalização da orientação sexual, os cidadãos Africanos Lusófonos demonstram níveis mais elevados de aceitação da homossexualidade dos seus concidadãos e verifica-se ainda uma menor hostilidade por parte do estado. Começando por uma análise dos desenvolvimentos no direito internacional dos direitos humanos e da jurisprudência internacional, em matéria relativa à proibição da discriminação com base na orientação sexual, este artigo tem como foco os cinco países Africanos lusófonos, analisando as reformas legislativas que foram adotadas, o papel desempenhado pelas iniciativas legislativas e o diálogo dos Estados com os mecanismos supranacionais de direitos humanos para melhor proteger os seus cidadãos de qualquer discriminação. Os países Africanos Lusófonos adotaram uma distinta abordagem jurídico-política, não apenas revogando as leis da sodomia, mas também garantindo outras formas de proteção com base na orientação sexual. Estes estados fornecem uma narrativa distinta relativa à homossexualidade no continente Africano, habitualmente conotada como um fenómeno ocidental e não Africano, demonstrando um continente profundamente dividido nesta questão específica de direitos humanos.

 

TITRE ET RÉSUMÉ EN FRANCAIS: Tendances de discrimination basée sur l’orientation sexuelle en afrique: existe-t-il une exception lusophone? RÉSUMÉ:

Cette contribution analyse l’évolution juridique dans les pays lusophones d’Afrique en matière d’orientation sexuelle et les options juridico-politiques proposées par ces États en matière de réglementation des actes homosexuels consentis entre adultes. Pendant la colonisation, les colonies portugaises en Afrique disposaient de lois anti-sodomies. Après l'indépendance, en 1975, les nouveaux Etats ont réformé leurs codes pénaux et abrogé les lois sur la sodomie, la plupart d'entre eux passant de la criminalisation à la protection de l'orientation sexuelle. Par rapport à la situation dans d'autres régions du continent africain, où la violence contre les homosexuels est généralisée, la criminalisation d'actes homosexuels consensuels héritée de la colonisation est toujours en vigueur ou alors lorsque des nouvelles lois ont été adoptées ou sont en cours d’adoption, les pays africains lusophones font montre d’une plus grande tolérance à l’égard de l'homosexualité de leurs concitoyens, et l'hostilité de l'État est moindre. En commençant par une analyse des développements du droit et de la jurisprudence au plan international relativement à l'interdiction de la discrimination fondée sur l'orientation sexuelle, cette contribution se focalise sur les cinq pays lusophones d'Afrique. Elle procède à une analyse des réformes juridiques adoptées, le rôle joué par les initiatives parlementaires et le dialogue entre les Etats et les mécanismes supranationaux de défense des droits de l'homme en vue de mieux protéger leurs citoyens contre toute forme de discrimination. Les pays africains lusophones ont adopté une approche juridico-politique distincte, non seulement en abrogeant les lois sur la sodomie, mais également en accordant d'autres formes de protection fondées sur l'orientation sexuelle. Ces pays déclinent également un récit distinctif sur l'homosexualité en Afrique contrairement à l’image largement répandue qu’elle est un phénomène occidental et non africain, démontrant ainsi un continent profondément divisé sur cette question particulière des droits de l'homme.

Published

2022-03-03

Issue

Section

Articles

How to Cite

Patterns of discrimination based on sexual orientation in Africa: is there a Lusophone exception? . (2022). African Human Rights Yearbook Annuaire Africain Des Droits De l’Homme, 3. https://doi.org/10.29053/2523-1367/2019/v3a5

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